
Nesta quinta-feira (26), o governo dará mais um passo neste sentido ao indicar e dar posse a dois representantes de empresas estrangeiras, concorrentes diretas da Petrobras, no Conselho de Administração da estatal.
Do site da CUT por Tatiana Melim e Luciana Waclawovsky:
A gestão de Pedro Parente no comando da Petrobras confirma o que a CUT e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) têm sinalizado desde o golpe de 2016, quando o ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) usurpou o cargo da presidenta Dilma Rousseff: o objetivo de quem financiou e daqueles que assumiram os cargos de poder com o golpe de Estado é entregar o patrimônio público brasileiro e acabar com a soberania do país.
Nesta quinta-feira (26), o governo dará mais um passo neste sentido ao indicar e dar posse a dois representantes de empresas estrangeiras, concorrentes diretas da Petrobras, no Conselho de Administração da estatal.
“Estão sendo cotados para ocupar o cargo estratégico dois empresários da Shell [multinacional petrolífera anglo-holandesa] e um da Maersk [conglomerado de negócios dinamarquês]”, explica o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
Com manifestação marcada para às 11h desta quinta-feira (26), próximo à sede da Petrobrás, na Av. Rio Branco (saída do metrô carioca), no Rio de Janeiro, os petroleiros, diz Rangel, irão protestar contra as nomeações e denunciarão as arbitrariedades que estão acontecendo dentro da empresa desde que o golpe de Estado foi consolidado no Brasil.
Segundo ele, está cada dia mais forte a efetivação da venda da estatal. “Na semana passada, a direção anunciou a venda de quatro refinarias e vários terminais e dutos, que são atividades essenciais, comprometendo até mesmo o abastecimento do país”.
“É a conta do golpe sendo paga à custa da soberania e do desenvolvimento nacional”, critica Rangel.
Para Roni Barbosa, petroleiro e secretário nacional de Comunicação da CUT, as nomeações que ocorrerão amanhã significam que as multinacionais, que hoje dominam boa parte do mercado de combustíveis do Brasil, passarão a traçar estratégias de dentro da própria Petrobras.
“Isso é inacreditável, uma clara demonstração de que o país está à venda. Eles vão lucrar ainda mais em cima do povo brasileiro e possivelmente teremos novos aumentos de combustíveis no país”, critica.
O petroleiro Vitor Carvalho, que também é diretor-executivo da CUT, além de criticar as recentes políticas privatistas de Pedro Parente à frente do comando da estatal, faz um resgate histórico para mostrar como está sendo operado o desmonte na Petrobras.
Segundo ele, em 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu o governo, a Petrobras “estava indo para o buraco, com apenas 32 mil trabalhadores, e constantes ameaças de privatizações”.
“Depois que Lula assumiu, a Petrobras recebeu investimentos, foi tratada como empresa estratégica e passou a responder por 13% do PIB. E hoje, com Temer, a Petrobras só está pagando juros para banqueiros”, explica Vitor.
“O governo não investe nada em nosso país. É por isso, por exemplo, que os estaleiros estão fechando e estamos tendo de comprar navios em Cingapura e na Indonésia, gerando emprego e renda lá e não aqui”, denuncia o dirigente.
Greve
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, explica que, além do ato de amanhã, entre os dias 30 de abril e 12 de maio, ocorrerão assembleias da categoria em todas as regiões do país para aprovar a greve do setor.
A partir da próxima segunda-feira, segundo ele, todos os sindicatos do ramo iniciarão reuniões para deliberar a paralisação. “E, no dia 1º de Maio, todas as unidades farão assembleias pela manhã para os trabalhadores que trocam de turno”, anunciou.
Parente deve ser um preposto dessas petrolíferas! Ainda vai ser preso por lesa-patria!
Quando vamos aprender que o governo serve para governar e não para administrar empresas…. enquanto a Petrobras for do estado nos Brasileiros só vamos se ferrar…