
Nossa Política concede a Paulo Skaf o Prêmio Peroba de Ouro. Porque ele não considera plausível que a Fiesp se pronuncie sobre a renúncia de Temer.
De acordo com a matéria do Estadão, de 14 de dezembro de 2015, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) anunciou o apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. Uma medida inédita.
Mas não foi apenas apoio formal.
O Valor noticiou em 17 de março de 2016 que a Fiesp ofereceu um almoço nesta quinta-feira a manifestantes pró-impeachment que pernoitaram na avenida Paulista. No cardápio estão filé mignon, massa, salada, torta, purê e arroz. A assessoria de imprensa da Fiesp afirmou que o almoço é para lideranças dos grupos pró-impeachment e disse que a entidade virou a “casa do impeachment de Dilma”.
A coisa, entretanto, não ficou apenas no filé mignon.
A própria Fiesp reproduziria em seu site oficial entrevista de Paulo Skaf à reacionária rádio Jovem Pan onde diria o seguinte: “Não se trata de golpe como alguns dizem. Mas a situação está chegando em um ponto em que ou esses processos ganham a velocidade que vai ao encontro dos interesses da Nação ou a senhora presidente da República apresenta uma carta de renúncia”.
Hoje, com a deterioração do governo de Michel Temer, que recebeu total apoio da Fiesp, Paulo Skaf disse, no Estadão, que “não cabe à Fiesp falar sobre renúncia de presidente”. Ele ainda definiu que “a Fiesp se refere a economia. Cabe à Fiesp discutir economia, não política. São situações incomparáveis”.
Paulo Skaf é investigado na Lava Jato por ter recebido R$ 6 milhões de propina da Odebrecht. E quem pediu a propina para ele, segundo Marcelo Odebrecht, foi Michel Temer.
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