
A fragilidade da denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia é inquestionável. A mulher do Moro inovou baseando-se não em convicções, mas em aparências.
Rosangela Moro afirmou que o sítio de Atibaia é do Lula. A manchete de ‘O Globo’ é garrafal: “Provas indicam que sítio de Atibaia é de Lula, afirma mulher de Moro”. No conteúdo do post a afirmativa é baseada em frágeis convicções:
Rosangela lembra que objetos pessoais do ex-presidente foram encontrados no imóvel o que sugere que “aparentemente, que ele é o real proprietário”.
Isso significa, caro navegante, que há convicções, indícios e aparências a incriminar o ex-presidente. Fatos concretos não. Por que a Justiça não apresenta documentos, uma prova cabal de que Lula é mesmo o dono do sítio?
Está cada vez mais claro que a intenção é criminalizar o petista sem provas.
A empreitada persecutória ganhou capítulos ridículos. Ou seja, o simples fato de Lula deixar pertences pessoais no sítio não são indícios de que ele seja o seu dono. A fragilidade da denúncia é inquestionável.
E as pessoas se deixam levar por estas conclusões.
A Justiça, depois da Lava Jato, não sofreu uma depuração. Sofreu uma descaracterização baseada em ações persecutórias; uma procura desenfreada por holofotes e espaço na mídia; ressignificação das provas que perderam lugar para a abstração das convicções e aparências; e uma parcialidade que mancha, por exemplo, o bom exercício da magistratura.
Neste processo todo, criminalizar o Lula e impedi-lo de disputar as eleições de 2018 é só a cereja do bolo.
Fui ao salão do AUTOMOVEL, no ano passado e tirei uma foto dentro de uma FERRARI, eu tenho direito de entrar em contato com a produtora do VEICULO, na Itália pendindo que eles me mandem o CARRO, que APARETEMENTE é meu.
Todo fim de semana estou na piscina de uma amiga de infância e frequentemente deixo pertences meus, de meus filhos e neta. Será que posso reenvindicar a posse da casa dela?
“Guardei no sótão da minha casa muitas caixas de minha ex-sogra, com roupas, fotos, aparelhos e louçaria. Ela teve de se mudar para um apartamento bem menor que sua casa em Brasília. Ela pode requerer a propriedade do meu imóvel, que conquistei com meu segundo marido e não com o filho dela?”
Deixei uns objetos pessoais em um hotel em que me hospedei. Já que é assim, vou voltar lá e pegar a escritura do hotel.