
De acordo com o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, o ministro do TCU, Augusto Nardes, recebeu propina para criar empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma.
Saiu no Brasil 247:
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso em Curitiba, afirmou durante a negociação de sua delação premiada na Lava Jato que Augusto Nardes, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), recebeu R$ 1 milhão entre 2011 e 2012 para não criar empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma. Nardes foi o ministro responsável por condenar as contas de Dilma Rousseff e escancarar as portas para o processo de impeachment.
As informações são de reportagem de Letícia Casado e Bela Megale na Folha de S.Paulo.
“Em anexo que integra a proposta de acordo, Duque relata, segundo a Folha apurou com pessoas ligadas à investigação, que se reuniu com Nardes em um jantar na casa do ministro para acertar o pagamento. No encontro, chegaram ao montante de R$ 1 milhão, que corresponderia a um percentual do contrato.
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Os valores, segundo o ex-diretor da Petrobras, foram repassados por Pedro Barusco, na época gerente de Serviços da estatal e braço direito de Duque.
Em 2005, quando Nardes foi nomeado para o TCU, foi destruído um recibo que comprovava o pagamento da propina para não “prejudicar sua nomeação”, segundo Corrêa.
Esta é pelo menos a terceira vez que Duque tenta fazer um acordo de delação.
Em tempo: Augusto Nardes foi o relator das contas de Dilma no TCU e um dos responsáveis pela formatação da ideia das “pedaladas fiscais”, objeto principal da denúncia de impeachment contra a petista. Em junho, após o impeachment na Câmara e no Senado, Nardes diria que as pedaladas não eram tão importantes.
Vão deixar as delações chegarem à comprovação de interesses não-nacionais na produção e exploração de petróleo pela Petrobrás? Está cada vez mais claro que o interesse passa por aí!