
Eduardo Cunha, réu em ação no STF, recebe magistrados para manter salários da categoria acima do teto. Isso não seria promiscuidade?
Eduardo Cunha já é considerado réu em ação enviada pela PGR ao STF. E mesmo assim continua presidente da Câmara dos Deputados, comandando aquele ambiente que chamam de “A Casa do Povo”.
E se o nível de promiscuidade dos poderes institucionais não pode ser notado por quem só enxerga os erros do PT, eis que a notícia abaixo, do G1, nos faz pensar que o nível ainda pode chegar ao volume morto das consciências.
Magistrados pediram ao presidente da Câmara que garantisse a manutenção de verbas acima do teto.
Em tempos de austeridade.
E tudo isso acontece porque contra o governo o Cunha disputa até par ou ímpar. Um homem que já sacou do submundo político as nocivas pautas-bomba não vai ignorar suas excelências; e o Brasil que se vire com o rombo de R$ 800 milhões por ano para bancar o luxo do judiciário.
Do G1:
Juízes vão à Câmara para garantir manutenção de verba acima do teto
Presidentes de tribunais de justiça e membros de associações de magistrados se reuniram nesta terça-feira (1ª) com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes partidários para pedir mudanças no projeto que regulamenta os tetos salariais. Eles querem adiar a votação da proposta para a semana que vem e garantir que algumas verbas, como de auxílio-moradia e adicional por acúmulo de função, não entrem no cálculo do limite salarial.
A votação do texto está prevista para ocorrer nesta quarta (2) na Câmara. A medida visa disciplinar os “supersalários” de servidores que ganham acima do teto constitucional e faz parte do pacote de ajuste fiscal do governo. A expectativa é que as novas regras gerem uma economia de R$ 800 milhões ao ano.
Para o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), João Ricardo Costa, a proposta “desestrutura as carreiras de Estado”. Ele pede, por exemplo, que um juiz que acumule a função de magistrado em um tribunal regional eleitoral possa manter a gratificação extra. Outra demanda é assegurar que os juízes que também lecionam em universidades públicas possam receber salário para isso.
“Não somos contrários ao projeto, mas queremos discutir mais. Queremos uma remuneração estável. A medida pode prejudicar a jurisdição eleitoral. Além disso, a única função que o magistrado pode exercer além da magistratura é o magistério. Com esse projeto, a contribuição para a academia estaria limitada”, disse.
O líder do PSC, André Moura (SE), que organizou a reunião dos juízes com Eduardo Cunha, afirmou que tentará negociar um adiamento da votação com o governo. Ele também informou que os magistrados se encontrarão com o relator do projeto, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para pedir alterações na proposta.
“Vamos apresentar as sugestões dos magistrados e tentar negociar. O que o relator não aceitar, vamos tentar modificar por emenda aglutinativa e destaques em plenário. Há situações que realmente precisam ser melhor discutidas, como a do juiz que é professor”, afirmou.
No entanto, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse que quer votar a proposta ainda nesta quarta (2). “O governo vai insistir em votar relatório do deputado Ricardo Barros. Achamos que esse esforço [de corte de gastos] tem que ser feito”, afirmou.
(…)
onde q pode o lobo tomar conta do galinheiro?!